''Tem horas que eu só preciso ficar sozinho, ouvir as músicas que eu gosto
e assim poder ser apenas eu. Só eu mesmo''
e assim poder ser apenas eu. Só eu mesmo''
De uma coisa eu tenho plena certeza hoje em dia. EU NÃO SEI VOAR! Claro que não descobri isso pelo jeito mais fácil, como todo mundo, tive que ter provas disso. Culpa dos filmes de super heróis que povoaram a minha infância me fazendo uma criança que além de aventureira, sempre quis ter certeza de seus limites. Como descobri que eu ão sabia voar? Simples, pulei de uma sacada da casa onde cresci e o resultado foi um corte na boca e 3 pontos. Depois disso, alguns pensariam que eu seria um pouco mais cauteloso quando tentasse alguma coisa que pudesse me afetar, mas nada disso, quis saber se eu soltava raios pelos olhos. Tentei criar garras poderosas que saíssem pela minha pele. Tentei criar teias de aranhas pra me tornar mais forte. Já até quis ser atingido por um meteoro pra ganhar poderes, mas tudo não passava da imaginação de uma criança que só queria ser diferente, não ser o convencional.
Nunca fui o tipo de criança que ficava na rua com os outros meninos brincando de bola, luta ou essas brincadeiras de meninos. Sempre me situei no outro lado da rua, onde geralmente os ''estranhos'' ficavam. Tinha mais afinidade com as garotas. Sempre me senti muito diferente dos garotos por não gostar das mesmas coisas que eles.
Sempre com um lençol no pescoço, me imaginava ser o mais poderoso dos super heróis que já existiu na terra. Sempre em batalhas atípicas com os vilões e sempre vencendo ao final. Pode até parecer que eu era uma criança um pouco hiperativa, de certa forma era mesmo, mas nunca fui de ter muitos amiguinhos, mesmo porque, os amiguinhos sempre agiam estranho comigo. Ser sempre o ultimo escolhido nas brincadeiras não era uma coisa legal, mas pra mim era o máximo, só de ser aceito no meio deles.
Tudo isso, pode ter formado um pouco da minha personalidade. Hoje, sendo capricorniano nato, algumas características que carrego, creio ser do meu ascendente.
No colegial não foi muito diferente. Tive muitos colegas, mas um amigo mesmo com quem eu pudesse me abrir e contar todos os meus segredos, os meus medos e até mesmo sobre minha sexualidade, eu nunca tive. Se sofri bullying??? Demais. Era gordinho, afeminado, só andava entre as meninas e de certa forma um pouco CDF, o que creio gerava uma certa inveja ou receio nos garotos da escola. Mas tudo que eles não sabia, é que eu só queria ser normal, ser aceito, ser amigo deles, ser como eles!
Hoje estou aqui, um escritor medíocre. Coração fraco, mas duro. Hoje em dia sei que parte da minha frieza se deve ao fato de ter sido muitas vezes machucado pelas pessoas que cruzaram o meu caminho.
O fato de ter parado de fumar tão repentinamente foi mais uma prova de como eu sou uma pessoa impulsiva. Queria saber até quão longe eu iria, saber o meu limite, saber do que eu sou capaz.
Sei que sou capaz de conquistar o mundo, mas tenho medo de sempre magoar as pessoas. Meu único defeito, apesar desta minha frieza que aparento, é sempre pensar em quem posso machucar, antes de pensar se eu posso me machucar.
Sou um cara carente de amigos. Aqueles que posso realmente chamar de amigos, dá pra contar nos dedos de uma mão e ainda sobra dedos. Gosto das coisas mais simples possíveis. Apesar de ser descendente direto de Scarlett O'hara, odeio quando fazem drama comigo. Simplesmente não tenho paciência e me broxa. Mas isso não faz de mim uma má pessoa, faz? Pra alguns, eu sou simplemente desalmado, coração duro e tudo mais.
Hoje em dia, infelizmente ainda não descobri o que realmente me deixa feliz. Um beijo na testa é sempre bem vindo. Gosto de abraços. Gosto de conversar, mesmo porque quando começo a falar, alguém tem que me parar. Mas infelizmente, sou uma pessoa que ainda carrega muita mágoa do passado, e isso faz com que eu não consiga me conectar com o presente a ponto de que esteja aqui de corpo e alma. Prometi a mim mesmo a algum tempo atras que iria colocar meu passado num baú e começaria a escrever uma nova história, mas como fazer isso quando tanta gente tem a chave deste bendito baú e abre, bagunça e deixa lá pra que eu arrume sozinho? Difícil, mas pouco a pouco eu aprendo a lidar com isso.
Estou naqueles dias em que pouca coisa faz sentido pra mim. Milhares de coisas passam pela minha cabeça. Muitos sentimentos bagunçados, muitas decisões e pouco tempo pra tomá-las. mas a vida não para e eu tenho que acompanhar o ritmo em que as coisas caminham pra não me perder. E vamos que vamos. Ficar triste pelos cantos não vai fazer as coisas melhorarem pra mim.
Deixo vocês com um texto que achei na internet, que me fez pensar bastante! Enjoy it!!!
''Estive pensando...
Tenho tanto a dizer. Mas com o tempo, aprendi que a melhor forma de dizer algumas coisas é ficando calado.
Aprendi que carinho, atenção e cuidado não se pedem, você cativa ou não.
Aprendi que pra que algumas coisas fiquem, você precisa antes deixar que elas se sintam livres pra ir embora.
Aprendi que quem foi feito pra ficar, fica. Que não há dor que não ensine e muito menos, que um dia não passe.
Aprendi que quem não consegue ser sincero em um sorriso, um olhar e um abraço, não sera sincero em nada nessa vida.
Percebi que passamos tanto tempo procurando amar e conhecer o outro, que mal sobra tempo pra conhecer e amar a nós mesmos.
Percebi que as pessoas que se dizem mais maduras, normalmente, são as mais desestruturadas.
Que saudade nunca passa, só adormece.
Que a vida é curta, curta demais...pra viver em vão!''
Status do dia: Querendo me levantar de uma tristeza sem motivos!
Frase do dia: ''Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não, quero uma verdade inventada'' Clarisse Lispector
Música do dia: Dixie Chicks - Note ready to make nice