segunda-feira, 31 de março de 2014

Dos Médicos aos Loucos do Meu Mundo Imaginário!

"O maior prazer em escrever é você poder ler no futuro
e aprender com o você do passado"



Aloha Nui Loa!


(AVISO: Dê o play and come along with me.)

MEDO!
  1. 1. Estado emocional resultante da consciência de perigo ou de ameaça, reais, hipotéticos ou imaginários.
  2. 2. Ausência de coragem.
  3. 3. Preocupação com determinado fato ou com determinada possibilidade.
  4. 4. Alma do outro mundo.

Além de tudo isso que define o medo, ele também pode surgir por conta das imaginações ou até mesmo das associações que fazemos ao longo da vida. Tipo, quando estamos em nosso quarto escuro e achamos que estamos protegidos embaixo do edredom. Que fazendo isso, afastamos de vez os fantasmas e vultos que juramos ter visto no corredor. Medos como ao se deparar com um cachorro no meio da rua, depois de ter sido atacado em algum momento no passado. Medo do sucesso depois de tanto fracassar. Ladrões, fadas, duendes,tarados e maníacos também causam medo em todos nós. Mas acredite, sentir medo é bom.
De certa forma o medo nos prepara pro pior. Nos torna pessoas mais cautelosas, tipo, por medo de me machucar novamente em um relacionamento, hoje em dia me policio mais em relação ao próximo. Não quero de forma alguma, sofrer tudo que sofri no passado por conta de um outro alguém.
O medo está presente em todos nos. Ele é a resposta ao estímulo que nos prepara para a luta, que é essencial para a nossa sobrevivência. O problema só é quando este medo sai completamente do nosso controle. É quando perdemos a noção do que é real e do que a nossa imaginação esta criando. Daí pra frente é que nossos sonhos começam a morrer por termos medo de correr atrás do que nos faz feliz.

Daí, chega um momento em nossas vidas, tal como hoje, em que a gente acorda e descobre que deixou de fazer muita coisa que queria de tanto as pessoas falarem que eram coisas fúteis e começa a correr contra o tempo, já que não estamos ficando mais jovens, pra poder recuperar o tempo que perdemos dando ouvidos às opiniões alheias.
Começamos a pedir ao universo que não permita que os dias e noites passem tão depressa, pra ter tempo o suficiente de chegar onde quer e começa a perceber que essas pessoas também tiveram sonhos um dia, mas que, outras pessoas, disseram que tais sonhos não valeriam a pena e elas deixaram esses sonhos morrerem em travesseiros frios, assim como fizemos e mais uma vez o medo entra em cena. Medo de tentar uma nova vida, medo de se apaixonar, medo de pensar que, aquela pessoa que você tanto gosta, não sente o mesmo que você. Que vocês vivem em mundo diferentes. Que ele é o médico e você o louco. Que água e óleo não se misturam. Que estas duas realidades não se chocam. E mais uma vez, aquele sonho fútil e aquele medo se tornam realidade e você volta a estaca zero.

Mas até quando este medo dura? Porque temos que nos prender ao medo em vez de pular de cabeça e deixar que a maré nos guie? Porque deixamos que mais um sonho seja destruído por acreditar ser fútil?

Respostas que mais uma vez eu não tenho a resposta e sinto que irei encerrar meu tempo na terra sem que metade de minhas dúvidas sejam sanadas. Mas hoje queria apenas dividir com vocês um texto que escrevi há mais ou menos dois anos atrás e que talvez, entre no contexto.
Enjoy it:

''Costumava pensar que eu era diferente dos outros homens da minha idade. Orgulhava-me de meus valores e os cultivava com a minha paixão pela vida, com o meu desejo de fazer sempre a coisa certa e nunca me arrepender dos meus atos. Mera inocência!
Sentado aqui... só, a não ser pela companhia de pensamentos que conspiram sem parar dentro de mim, sinto-me igual a qualquer outro homem da minha idade. Apenas mais um homem que desliza, cai, erra. Somente um homem repleto de sonhos e pesadelos, de saudades e arrependimentos.



Quando olho pra trás, envergonho-me ao não avistar mais o garoto o qual eu me orgulhava tanto de ser. Vejo apenas os erros que cometi por enxergar além da verdade ou por estar cego, talvez. Equívocos que me fazem sangrar por dentro, que perturbam minha alma e tiram-me o sono, não porque mostram que decepcionei quem confiava em mim, e sim, porque provam que feri minha essência, que decepcionei a mim mesmo.


Ah... e como eu acreditava em mim!

Sentado aqui... silencioso, a não ser pelos suspiros que saem quase mudos da minha boca, percebo-me impotente diante do destino que antes tanto conspirou a meu favor. Fecho os olhos com força e peço insistentemente ao tempo para parar, voltar... para me deixar corrigir meus atos e buscar os pedaços de mim que ficaram para trás. Entretanto, quando torno a abri-los, nem um centímetro foi movido, estou exatamente mesmo lugar.

Dizem que não devemos nos arrepender do que passou. Este lema eu seguia fielmente, já que defendo sempre que temos que aprender com nossos tropeços. Mas aprender o que? A não errar mais? De que adianta quando é tarde demais? Por outro lado, de que vale arrepender-se se não temos a oportunidade de voltar e fazer tudo como deveria ser? As respostas para estas perguntas eu não tenho. Muito menos sei o que farei com meus pensamentos. Nem imagino onde guardarei as mágoas, os rancores... onde colocarei minha culpa.

Agora, a única verdade que tenho para oferecer está aqui diante de você. Sou eu. Não mais o garoto ingênuo e perfeitinho que conquistou não só o seu amor, mas também a sua confiança. Não mais o garoto frio e amargurado que um dia confiscou seus sonhos. Aqui estou eu... vivido, renovado e disposto a deixar a sombra do passado para trás e construir o presente ao seu lado, sem mais dúvidas, erros e arrependimentos, mas repleto de certezas, acertos, e respostas.''

Status do dia: Com medo de sonhar!

Frase do dia: ''Nuca se afaste de seus sonhos. Porque se eles forem, voce continuará vivendo mas terá deixado de existir.'' - Mark Twain

Música do dia:             Where Dreams Go to Die - John Grant
Por Maikon Marques